-
I –
Una Famiglia
Bellato
1818 – 1904 - 2014
ASCENDÊNCIA E DESCENDÊNCIA
DE
PIETRO BELLATO
E
MARIA
LIBERA BARION
Permitida a reprodução e a utilização, total ou parcial, das
informações contidas neste blog, para o que pedimos seja citada a fonte.
Dedicado a
todos aqueles que são,
se ligaram, ou se interessam
pela Família Bellato
Agradecimento
Agradecemos aos diretores, administradores, funcionários e
estagiários do: Arquivo Histórico Municipal de Franca-SP “Cap. Hipólito Antônio
Pinheiro”; Arquivo Histórico da Cúria Diocesana de Franca-SP “Dom Diógenes
Silva Matthes”; Museu Histórico Municipal de Franca-SP “José Chiachiri”; Centro
de História da Família, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias-Franca-SP; Centro de Desenvolvimento e Apoio a Pesquisa Histórica – UNESP
– Franca-SP; Primeiro Cartório de Registro Civil de Franca-SP; Cartórios do
Primeiro e Segundo Ofício e de Protesto de Títulos e Letras de Franca-SP;
Arquivo Metropolitano Dom Duarte Leopoldo e Silva da Arquidiocese de São
Paulo-SP;
Memorial do Imigrante-São Paulo-SP; Arquivo Público do Estado de São Paulo, pelo atendimento e cooperação; e aos amigos e parentes pelo
apoio e incentivo, que, ao longo desta caminhada, se fizeram imprescindíveis,
em especial ao Dr. José Augusto Bellato, de Campanha-MG, descendente de Angelo
Giuseppe Bellato, que nos presenteou com a história de seus ancestrais e com
uma cópia da imagem do brasão da família, e ao primo Cassiano Ribeiro Kaluf que
nos cedeu as informações iniciais sobre Pietro Bellato, obtidas junto ao
Arquivo Histórico Militar de Pádova.
Lembramos que a maior parte deste trabalho pode ser
realizado graças ao material disponibilizado nos respectivos sites, pelo Archivio Storico
del Distretto Militare di Padova; pelo Stato Civile del Comune di San Bellino e
pelo Family
Search.
Sumário
APRESENTAÇÃO
SOBRENOMES
CITADOS NESTE TRABALHO
ASCENDÊNCIA
PATERNA DE PIETRO BELLATO
DESCENDÊNCIA
DE LORENZO BELLATO E ANTONIA CASTALDELLO
ASCENDÊNCIA
MATERNA DE PIETRO BELLATO
ASCENDÊNCIA
PATERNA DE MARIA LIBERA BARION
DESCENDÊNCIA
DE LUIGI BARION E MARIA TRAMARIN
ASCENDÊNCIA
MATERNA DE MARIA LIBERA BARION
DESCENDÊNCIA DE PIETRO BELLATO
E MARIA LIBERA BARION
RENATO FULVIO BELLATO
EUGENIO ANTONIO BELLATO
FERRUCCIO BELLATO
DESCENDÊNCIA DE FERRUCCIO
BELLATO E GINA LEPORONI
ÍTALO
BELLATO
DESCENDÊNCIA
DE ÍTALO BELLATO E GINA LEPORONI
Apresentação
Após dez anos de
pesquisa, e muitas falsas pistas, comemorando os 110 anos da chegada ao
Brasil do casal Pietro Bellato e Maria Libera Barion, acompanhado
de seus filhos, temos o prazer de oferecer aos familiares e aos amigos este
nosso trabalho intitulado Una Famiglia Bellato - Ascendência e
Descendência de Pietro Bellato e Maria Libera Barion.
O primeiro da série que compõe nosso projeto GENEALOGIA DE
FAMÍLIAS ITALIANAS QUE SE ESTABELECERAM NA REGIÃO DE FRANCA-SP, NO FINAL DO
SÉC.XIX, E INÍCIO DO SÉC.XX.
De acordo com o pesquisador Prof. Antônio de Pádua Maniglia,
o sobrenome Bellato tem sua origem em “Belli”, que significa “beleza”,
“belo”. Dessa base, também, derivam os: Bellelli,
Belletti, Bellino, Bellucci, Bellotti, Bellotto, Bellazzi, Bellami, Bellandi,
Bellano, Belluso, Belluschi, dentre outros.
O
sobrenome Bellato, segundo o site www.gens.info, está presente em mais de 182
cidades italianas, com uma alta concentração na região de Rovigo. As origens do
nosso ramo estão nas cidades (comunas) de San Bellino, Castelguglielmo e Canda,
localizadas na Província de Rovigo, Região do Vêneto, no norte da Itália.
Pelo
que pudemos observar, ao longo de nosso estudo, existem muitos núcleos
familiares, no Brasil, que assinam “Bellato”. Entre eles, um radicado, como o
nosso, na cidade de Franca-SP. Muitos pesquisadores afirmam terem todos esses
núcleos uma ascendência comum.
Porém,
saber se “é parente” demanda muita investigação.
Localizar um antepassado em comum pode exigir regredirmos há muitas gerações. A
origem de um sobrenome é muito variada, podendo um mesmo nome de família ter
procedências diversas (toponímicos, patronímicos, apelativos).
A toda história de família sempre há algo a ser acrescido.
Fica aos descendentes de Pietro Bellato e Maria Libera
Barion, o desafio de adicionarem novas informações sobre nossas origens.
Optamos por não acentuar, nem traduzir, os nomes italianos.
Sônia Regina Belato de Freitas Lelis
Walter Antônio Marques Lelis
SOBRENOMES
CITADOS NESTE TRABALHO
ALVES TAVEIRA
ANDRADE JUNQUEIRA
ARCHETTI
BARATELLA
BARBUJANI
BARICHELLO
BARION (BARIONI)
BELLATO
BITTAR
BIZINOTO
BRINANZI
CASABONA
CASTALDELLO
CATTO
CAVALLARE
CECCHI
CERQUILHO
CHINAGLIA
CINTRA
CORTEZ
DAIGLINFO
DAL FUME
DEBELLINI
DONEGA
FERRARO
FINARDI
GALLANI
GALLANI
GARCIA
GHINATO
GUARNIERI
GUIDIN
|
ISIDE
KALUF
KELLNER
LANZONI
LEPORONI
MANEO
MANIGLIA
MARAGNO
MARANHA
MASINI
MELONCELLI
MENEZES
MIGLIORANZA
MONTAGNOLO
MORENO
NASCIMENTO
OLIVEIRA
PASCHOAL
PASCOAL
PASTORE
PAVANELLO
PINI
PIVA
RIBEIRO
RODRIGUES DE
FREITAS
ROFRANO
SERVINHO
SGARBOSA
(SCARBOSSA)
STOCCO
TRAMARIN
VALENTINI
VERONESI
ZANON
|
ASCENDÊNCIA
PATERNA DE
PIETRO
BELLATO
Pietro
Bellato (Pedro) e Maria Libera Barion formam o casal tronco, no
Brasil, de nossa Família Bellato, objeto deste trabalho.
Pouco
conseguimos registrar da história de Pietro Bellato e Maria Libera
Barion. Entretanto, suas motivações, sonhos e aspirações, por certo, foram
os mesmos de tantos outros imigrantes italianos, famílias de origem agrícola
mais empobrecidas, oriundas principalmente da região de Vêneto, que um dia
desembarcaram no Brasil recomeçando, com fé, suas vidas por aqui.
Infelizmente,
Pietro faleceu poucos anos depois de sua chegada, e sua família muito teve que
lutar para superar as dificuldades surgidas com sua falta. E conseguiram.
Deixaram uma descendência, ainda que pequena, bem estabelecida, que sabe honrar
uma ancestralidade forte e lutadora.
Pietro
era filho de Lorenzo Bellato e de Antonia Castaldello, ambos
nascidos na Itália. Ele, pelo ano de 1845; ela, pelo ano de 1848. Lorenzo
era filho de Francesco Bellato e de Catterina Baratella.
Além de Lorenzo, Francesco e
Catterina geraram, que conseguimos documentar:
1. Giovanni Battista Bellato, nascido pelo ano de
1841. Em
1874, era residente em San Bellino.
Francesco Bellato, natural de
Canda, Província de Rovigo, nascido pelo ano de 1818, faleceu às 16h00 do dia
25 de Abril de 1884, na Via Presciane, 30-B, San Bellino, Província de Rovigo.
Era filho de Daniele Bellato e de Cecilia Chinaglia, residentes e
falecidos em San Belino.
Daniele
Bellato e Cecilia Chinaglia, além de Francesco, geraram, que
conseguimos documentar:
1.
Paolo Bellato, falecido às 17h00 do dia 05 de Outubro de 1874, na Via
Valli, 54-B, em San Bellino, onde residia. Nasceu por volta de 1829. Era
natural de Canda, casado com Teresa Chinaglia.
De
acordo com a tradição oral, por motivo de doença de Lorenzo, a família resolveu
emigrar para o Brasil, onde o clima seria mais propício à sua cura. Sendo assim
Lorenzo, Antonia e os filhos solteiros Maria, Giovanni Battista e
Eugenio (Pietro já estava casado), embarcaram em Gênova, Itália, no
Navio “Rosário”, da Cia. La Veloce, em meados de Março de 1893, desembarcando
no Porto de Santos-SP-Brasil, aos 02 de Abril do mesmo ano. Subiram para São
Paulo-SP, onde se registraram na Hospedaria do Imigrante. A filha Paola
não veio com a família.
Ainda
conforme a tradição oral, Lorenzo com a família estabeleceu-se na cidade de São Caetano do Sul-SP, por mais ou
menos dois anos. Após esse período, pela falta de resultado no tratamento de
sua saúde, Lorenzo teria decidido voltar à Itália, acompanhado da família.
Contudo,
segundo documentação encontrada, tudo nos leva a crer que, na realidade,
Lorenzo teria vindo como imigrante a fim de se estabelecer no Brasil, em São
Caetano do Sul, atual ABC Paulista, onde, na época, estavam sendo distribuídos
lotes de terrenos para a constituição de um núcleo de imigrantes italianos.
Porém, justamente quando ele chegou ao Brasil, havia-se encerrado a
distribuição, o que ocasionou, acreditamos, seu regresso à Itália.
Não
conseguimos documentação de quando a família saiu do Brasil. Todavia, Lorenzo e
Antonia já aparecem citados, como morando em San Bellino, em Maio de 1896, por
ocasião do casamento da filha Paola Palmira.
DESCENDÊNCIA DE LORENZO BELLATO
E ANTONIA CASTALDELLO
Lorenzo Bellato e
Antonia Castaldello foram pais de que conseguimos documentar:
1 Pietro Bellato
3 Paola Palmira Bellato
2 Maria Teresa Agnese Bellato
4 Giovanni Battista
Bellato
5 Eugenio Celio
Bellato
Lorenzo e
Antonia
ainda tiveram, segundo apuramos, pelo menos mais três filhos, falecidos
infantes:
-
Daniele Bellato, nasceu em San Belino, às 5 h do dia 12 de
Outubro de 1873, na residência da Via Perarolo, 53-B, onde faleceu, com 4 dias,
aos 16 do mesmo mês e ano. No registro, o nome de seu pai aparece como
Bellato Lorenzo di Francesco, e o de sua mãe como Castaldello Antonia di
Antonio;
-
Pasquale Umberto Bellato, nascido às 18h03 do dia 27 de Março de 1880,
em San Belino, em residência da Via Perarolo, 53-B, faleceu, com 2 anos de
idade, dia 03 de Março de 1883, em San Belino, na residência localizada na Via
Presciane 30-B. A declaração do óbito foi feita pelo pai, Lorenzo Bellato, de
38 anos, e pelo avô, Francesco Bellato, de 65 anos. Nessa época consta que
Lorenzo era possidente (proprietário);
-
Renata Bellato, nascida, em San Belino, dia 22 de Janeiro de 1886, na
casa localizada na Via Presciane, 30-B, faleceu às 21 h do dia 10 de Abril de
1887, no mesmo endereço. Nesses registros, Lorenzo está mencionado como
exercendo a profissão de pizzicagnolo (queijero).
PAOLA
PALMIRA BELLATO
Paola
Palmira Bellato, do lar, era natural de San Belino, onde residia na Contrada
Perarolo nº 53-B. Nasceu dia 14 de Janeiro de 1872. Em seu registro, consta
que seu pai, Lorenzo, tinha a ocupação de industriante. No assento, o
nome de seu pai aparece como Bellato Lorenzo di Francesco, e o de sua mãe
como Castaldello Antonia di Antonio.
Paola casou-se, às 10 h
do dia 10 de Maio de 1896, em Castelguglielmo, com Enrico Cavallare,
nascido pelo ano de 1865, natural de Gaiba, Província de Rovigo, Região de
Vêneto, residente em Castelguglielmo, filho de Filippo Cavallare e Maria
Meloncelli.
MARIA
TERESA AGNESE BELLATO
Maria
Teresa Agnese Bellato nasceu na Via Perarolo, nº 53-B, em San Bellino,
Província de Rovigo, Região do Vêneto, Itália, às 8 h do dia 20 de Novembro de
1874, sendo registrada, por seu pai, no mesmo dia. No assento, o nome de seu
pai aparece como Bellato Lorenzo di Francesco, qualificado como commerciante.
Foi
nos relatado verbalmente, que uma das irmãs de Pietro, também, teria se
estabelecido no Brasil, tendo residido em
São Paulo, no bairro da Mooca.
GIOVANNI
BATTISTA BELLATO
Giovanni
Battista Bellato (João Bellato) nasceu aos 26 de Julho de 1877, na Via
Perarolo, 53-B, em San Bellino, Província de Rovigo, Região do Vêneto, Itália.
Neste registro, seu pai, Lorenzo, aparece qualificado como industriante.
Giovanni casou-se com Luiza Castagna, cuja filiação e naturalidade não conseguimos levantar. Viveram no Brasil. Foram pais de:
Giovanni casou-se com Luiza Castagna, cuja filiação e naturalidade não conseguimos levantar. Viveram no Brasil. Foram pais de:
1 Lorenzo
Bellato, era moreno e praticava box. Casou-se com Maria Marques Bellato.
Moraram no Brás, em São Paulo, e foram pais de que conseguimos apurar:
1.1
Irene Bellato (Jorge) casou-se e gerou:
1.1.1
Wagner Jorge. Casado.
1.1.2
Walter Jorge. Casado.
1.2
João Bellato (neto) casado com Paulina Fontana Bellato,
sem geração.
2
Oswaldo Bellato, casado.
3 Renato Bellato,
morador em São Paulo.
4 Ítalo
Bellato, homônimo de seu primo de Franca-SP.
5
Antonieta Bellato (Tuca) casou-se e gerou:
5-1
Diva.
5-2
Janete (Toni).
Os
dados relativos à vida de João e Luíza no Brasil foram obtidos a partir de
citações orais e informações contidas no site Família Belato.
Giovanni Battista Bellato (João Bellato) era eletricista. Faleceu às 18h30, do dia 01 de Novembro de 1923, de "acidental electro sucsão por contato em fios de energia elétrica", conforme atestou o Dr. Balafré Brandão, na cidade de Santa Cruz das Palmeiras-SP, onde residia. Foi sepultado no cemitério daquela localidade.
Giovanni Battista Bellato (João Bellato) era eletricista. Faleceu às 18h30, do dia 01 de Novembro de 1923, de "acidental electro sucsão por contato em fios de energia elétrica", conforme atestou o Dr. Balafré Brandão, na cidade de Santa Cruz das Palmeiras-SP, onde residia. Foi sepultado no cemitério daquela localidade.
EUGENIO
CELIO BELLATO
Eugenio
Celio Bellato, conforme registro existente no Arquivo Histórico do Distrito
Militar de Padova, nasceu aos 23 de Dezembro de 1882, em San Bellino,
Província de Rovigo, Região do Vêneto, Itália. Casou-se, em San Belino, às
11h30 do dia 06 de Dezembro de 1908, com Teresina Montagnolo, natural de
San Belino, onde também residia, nascida pelo ano de 1886, filha de Florindo
Montagnolo e de Regina Ghinato.
No
assento de seu casamento, consta que Eugenio estava morando em San Bellino, e
exercia a profissão de fabbro (ferreiro). Note-se também que nesse
assento está informado que seu pai, Lorenzo, já havia falecido em Ramodipalo,
Província de Rovigo, e sua mãe Antônia, ainda vivia em San Bellino.
Eugenio
e Teresina foram pais de que conseguimos apurar:
1.
Giuseppe Aroldo Bellato, natural de San Belino, nasceu, na casa
localizada na Via Bocchetta, 15-B, no dia 18 de Março de 1909, às 02h00,
registrado no dia posterior.
PIETRO
BELLATO
Pietro
Bellato
(Pedro), o primogênito, nasceu aos 14 de Julho de 1869, em San Bellino,
Província de Rovigo, Região do Vêneto, Itália, conforme registro existente no
Arquivo Histórico do Distrito Militar de Padova, Itália.
De
acordo com relatos de seus netos Lander, Sônia e Thereza de Lourdes, Pietro
teria sido cocheiro de profissão, durante o período em que viveu em Franca-SP.
Porém, não sabem dizer se era proprietário de um coche, ou se trabalhava para
alguém. Sobre sua ocupação na Itália, vide capítulos sobre seus filhos.
Pietro
casou-se, na sua localidade de origem, às 16h00 do dia 26 de Outubro de 1890,
com Maria Libera Barion, nascida por volta de 1865, natural de
Castelguglielmo, filha de Luigi Barion e Maria Tramarin. Pietro exercia, na
época, a profissão de pizzicognolo (queijero); Maria era casalinga
(dona de casa).
Com
a emigração de seus pais e irmãos para o Brasil, Pietro decidiu
seguí-los. Para tanto, ele, a mulher Maria Libera e o filho de um ano de
idade, Renato Fulvio, embarcaram no Porto de Gênova, Itália, no Navio
“Montevideo”, no mês de Junho de 1893, desembarcando no Porto de Santos-SP-Brasil,
aos 16 de Julho de 1893. Passaram pela Hospedaria do Imigrante, em São
Paulo-SP-Brasil, e se instalaram em São Caetano do Sul-SP-Brasil, onde
nasceu outro filho do casal: Ítalo.
Pela
tradição oral, e documentação encontrada, a família retornou à Itália, entre
Maio de 1896, data do batizado de Ítalo, no Brasil, e Junho de 1897,
nascimento do filho Eugenio Antonio, na Itália.
Após
alguns anos na Itália, Pietro resolveu voltar para o Brasil com a
família. Desta segunda vez, viajaram no Vapor “Minas”, embarcando no Porto de
Genova, Itália, aos 02 de Dezembro de 1904, e desembarcando no Porto de
Santos-SP-Brasil, aos 24 de Dezembro de 1904. Registraram-se, novamente, na
Hospedaria do Imigrante, em São Paulo-SP.
Já
contando com novos membros, Ítalo, Eugenio Antonio e Ferruccio, a
família, após passar pela Hospedaria do Imigrante, tomou como destino a Companhia
Agrícola Fazenda Dumont, na região de Ribeirão Preto-SP.
Segundo
relatos na família, Pietro, Maria Libera, Renato Fulvio, Ítalo, Eugenio
Antonio e Ferruccio foram residir em Sertãozinho-SP, onde,
inclusive, as crianças fizeram a Primeira Comunhão, e devem ter cursado as
primeiras séries do antigo curso primário.
Pietro,
com a família, sem data precisa, mudou-se para a Fazenda Cachoeira, na região
de Franca-SP, atualmente fazendo parte do município de Restinga-SP, que à
época, pertencia à mesma Companhia Agrícola Fazenda Dumont.
Posteriormente,
Pietro, Maria Libera e os filhos estabeleceram-se, definitivamente, na cidade
de Franca. Algumas informações obtidas permitem-nos concluir que eles devem ter
morado nas redondezas da Rua Tomaz Gonzaga, não muito longe de onde a família
construiu sua casa própria.
Pelas
lembranças dos netos, Maria Libera pouco falava de português. Era alta, de
olhos azuis e gostava de prender os cabelos em cocó. Tinha amizade com os
Miglioranza, que também moravam na Rua Thomaz Gonzaga, no quarteirão anterior
ao de sua residência, vizinhos do quartel da polícia, aos quais visitava todas
as tardes. Frequentava diariamente a missa das 6h00, na então Igreja Matriz de
N. Sra. da Conceição, sempre vestindo uma longa saia, com um corpete de mangas
compridas, de tecido preto encorpado, meias e sapatos também pretos. Usava um
par de brincos de ouro, cujas pedrinhas haviam se perdido, o qual deixou de
herança para Thereza de Lourdes, sua neta e afilhada.
Certa
vez, tendo ido a São Paulo visitar parentes de Pietro, Maria Libera foi
atropelada por um bonde. Em consequência perdeu uma das vistas. A fim de evitar
a perda total da visão, o filho Ítalo a levou a Campinas-SP para tratamento, o
que permitiu que permanecesse enxergando até o final de sua vida.
Pietro
Bellato faleceu aos 20 de Julho de 1911, em Franca-SP, de “Endocardite
Reumática”, de acordo com o laudo do médico Dr. Luciano Gualberto. Conforme
declaração de seu óbito no cartório, feita pelo vizinho Roque Del Monte, Pietro
exercia a profissão de “artista”. Foi sepultado no Cemitério da Saudade, na
sepultura de nº 3906, mediante o pagamento de 10$000 (dez mil réis), feito por
seu irmão Giovanni Battista Bellato (João Bellato).
Maria
Libera veio a falecer, às 20 h do dia 29 de Dezembro de 1941, em Franca-SP,
em sua residência, à Rua Thomaz Gonzaga, 224, após ter sofrido um derrame
cerebral (AVC) pela manhã do mesmo dia, quando estava varrendo o quintal.
Assinou o laudo de sua morte o Dr. Vicente Nesi. Genarino Casabona, seu
vizinho, casado com a Tuta, morador na Rua Pe. Anchieta, foi quem declarou seu
óbito no cartório.
Pietro
e Maria Libera
foram pais de:
1 Renato Fulvio Bellato
2 Italo (Giuseppe) Bellato
3 Eugenio Antonio Bellato
4 Ferruccio Bellato
ASCENDÊNCIA MATERNA DE PIETRO
BELLATO
Sobre Antonia Castaldello, mãe de
Pietro, ainda não nos foi possível documentar sua ascendência. Contudo,
localizamos dados de alguns membros da Família Castaldello, que acreditamos
possam ser irmãos de Antônia Castaldello, esposa de Lorenzo Bellato. São filhos de Antonio Castaldello
e de Maria Piva, proprietários de terras.
De
Antonio Castaldello, ainda não
encontramos informações. Maria Piva, do lar, faleceu, já viúva, no dia
09 de Abril de 1896, às 23h00, em San Bellino, na residência da Via Bocchetta,
12-B, nascida pelo ano de 1819, natural de Castelguglielmo, filha de Domenico
Piva e de Lugia Catto, falecidos em Castelguglielmo.
Esta
nossa “intuição de pesquisadores”, baseia-se na analogia das informações
contidas nos registros de nascimentos de filhos de Lorenzo e Antônia, (Paola e
Daniele). Neles Lorenzo aparece citado como Bellato Lorenzo di Francesco,
e acabamos descobrindo que Lorenzo era filho de Francesco Bellato.
O
mesmo ocorreu com Antonia, que aparece citada como Castaldello Antonia di
Antonio, o que nos leva a crer que ela poderia ser filha de um Antonio.
Talvez o Antonio Castaldello casado com Maria Piva.
Estas
informações somente aparecem nos registros mais antigos, inteiramente
manuscritos, o que não ocorre naqueles feitos em material impresso.
Os
filhos de Antonio Castaldello e de Maria Piva que encontramos
são:
1.
Giuseppe Antonio Castaldello, aldeão, nascido pelo ano de 1841, natural
de San Bellino, onde morava e se casou, aos 11 de Novembro de 1872, às 11h00,
com Elena Bellato, do lar, natural de San Bellino, onde também residia,
nascida por volta de 1849, filha de Luigi Bellato e de Oliva Masini. Pais de
que documentamos:
1.1
Barbarina (também citada como Barbara) Castaldello, do lar,
nascida pelo ano de 1874, em San Bellino, onde residia e se casou, às 11h00 do
dia 28 de Maio de 1893, com Leopoldo Veronesi, agricultor, nascido por
volta de 1871, nascido e residente em Castelguglielmo, filho de Giuseppe
Veronesi e de Angela Debellini;
1.2
Enrico Giovanni Castaldello, nascido aos 06 de Outubro de 1876, às
23h20, na residência da Via Bocchetta, 57-B, em San Bellino;
1.3
Luigi Castaldello, nascido às 22h40 do dia 21 de Maio de 1879, na
residência da Via Bocchetta, 57-B, em San Bellino;
1.4
Maria Luigia Castaldello, nascida, na residência da Via Bocchetta, 12-B,
San Bellino, aos 18 de Maio de 1884, às 20h30.
2. Catterina Felicita
Castaldello, do lar, nascida por volta de 1849, residente em San Bellino,
onde se casou, às 09h00 do dia 02 de Agosto de 1874, com Giovanni Arcangelo
Stocco, pedreiro, morador em Castelguglielmo, nascido pelo ano de 1851,
filho de Antonio Stocco e de Cristina Maragno;
3.
Luigi Castaldello, nascido pelo ano de 1851 (provavelmente gêmeo de
Luigia), trabalhador rural, natural de Presciane, município de San Bellino,
residente na cidade de San Bellino, onde se casou, às 12h00 do dia 07 de
Outubro de 1872, com Maria Maneo, do lar, nascida pelo ano de 1852,
natural de Polesella, Rovigo, onde morava, filha do falecido Cesare Maneo e de
Angela Pastore;
4.
Luigia Clelia Castaldello, nascida pelo ano de 1851 (provavelmente gêmea
de Luigi), natural de Presciane, município de San Bellino, casada, no dia 15 de
Fevereiro de 1874, às 9h00, em Píncara, Rovigo, com Alessandro Pavanello,
morador em Píncara, onde nasceu pelo ano de 1854, filho de Giovanni Battista
Pavanello e de Artemisia Maneo, proprietários de terras.
ASCENDÊNCIA
PATERNA DE MARIA LIBERA BARION
Luigi
Barion, pai de Maria Libera, tinha como profissão mugnajo (moleiro).
Nasceu por volta de 1836 (37 anos em 1873), conforme declarou por ocasião do
registro de sua filha Emma, quando também informou ser natural e morador de
Castelguglielmo. O endereço da família era Via Umbertiana, nº 146 A. Nesse
assento, Luigi aparece com o nome de Barion Luigi fu Pietro, o que nos
leva a deduzir que ele poderia ser filho de um falecido Pietro Barion.
Há
famílias, inclusive em Franca-SP, que assinam Barioni (talvez aportuguesamento
do original), mas não conseguimos, ainda, ligá-las aos ancestrais de Maria
Líbera.
DESCENDÊNCIA
DE LUIGI BARION E MARIA TRAMARIN
Conseguimos
localizar mais três filhos de Luigi Barion e Maria Tramarin,
irmãos de Maria Líbera:
1.
Giovanni Battista Barion, nascido aos 25 de Março de 1868, natural de
Castelguglielmo, Rovigo, conforme dados constantes no Arquivo Histórico do
Distrito Militar de Padova, Itália. Casou-se, no dia 1º de Maio de 1904, em San
Bellino, com Chiara Vittoria Dal Fiume, natural de San Bellino, onde
residia, nascida por volta de 1869, filha de Antonio Dal Fiume, falecido em San
Belino, e de Luigia Lanzoni, ainda lá residente;
2.
Emma Barion, nascida aos 17 de Setembro de 1873, natural de
Castelguglielmo, registrada no dia 22 do mesmo mês e ano. Casou-se, em San
Bellino, no dia 25 de Maio de 1896, com Prospero Ferruccio Barbujani, viaggiatare
(viajante), natural de Adria, onde residia, nascido por volta de 1869,
filho de Costante Barbujani e de Marianna Guarnieri, residentes em Ádria;
3.
Pietro Barion, nascido a 01 de Fevereiro de 1876, natural de
Castelguglielmo, Rovigo, também conforme dados constantes no Arquivo Histórico
do Distrito Militar de Padova, Itália. Casou-se, aos 18 de Janeiro de 1903, em
San Bellino, com Cristina Gallani, aí residente, natural de Bagnolo di
Pó, Rovigo, nascida pelo ano de 1872, filha de Antonio Gallani, falecido em
Bagnolo di Pó, e de Vincenza Valetini lá residente.
ASCENDÊNCIA
MATERNA DE MARIA LIBERA BARION
Conforme
idade informada em 1873 (33 anos), no registro da filha Emma, Maria Tramarin,
mãe de Maria Libera, nasceu pelo ano de 1840. Era natural de San Belino. Nesse
assento, seu nome está grafado como Tramarin Maria di Giovanni.
Aventamos poder ser ela, então, filha de um Giovanni Tramarin.
Encontramos
filhos de um Giovanni Tramarim casado com Antonia Donega, que,
dentro do raciocínio com que descobrimos os pais de Lorenzo Bellato, podem ser
irmãos de Maria Tramarin:
1.
Angela Tramarim, falecida em San Bellino, donde era natural, às 11h00 do
dia 20 de Janeiro de 1872, em sua residência, à Contrada Argine S. Maria nº
109;
2.
Domenico (di Giovanni) Tramarin, nascido pelo ano de 1850, que foi quem
declarou o óbito de sua irmã Angela.
O
sobrenome Tramarin, da mãe de Maria Libera, pode ser encontrado no Brasil.
Todavia, não foi possível, ainda, descobrir se existe alguém com a mesma
ascendência de Maria Libera.
DESCENDÊNCIA DE PIETRO BELLATO
E MARIA LIBERA BARION
RENATO FULVIO BELLATO
Renato Fulvio Bellato nasceu às 7 h
do dia 30 de Maio de 1892, na Via Presciane, 30-B, em San Bellino, Província de
Rovigo, Região do Vêneto, Itália. A profissão declarada de seu pai, por ocasião
do registro de seu nascimento, era oste (taberneiro).
Eletricista
de profissão, Fulvio foi funcionário da Companhia Francana de
Eletricidade.
Renato
Fulvio faleceu, solteiro, aos 28 de Dezembro de 1912, em Franca-SP, de
“Sideração pela Eletricidade”, conforme laudo do perito Caetano Petraglia
Sobrinho, quando ajudava seu colega de trabalho, Gustavo Forster, consertar um transformador
próximo a Santa Casa de Misericórdia de Franca. Declarou seu óbito, no
Cartório, Raul de Andrade. Foi sepultado no Cemitério da Saudade de Franca-SP,
na sepultura de nº 4143, mediante o pagamento de 10$000 (dez mil réis), feito
por José Felix.
A morte de
Renato Fulvio gerou Processo Criminal, que foi arquivado por não haver nos
autos matéria para denúncia. Contudo, conforme relato de seu irmão Ítalo
Bellato, a família recebeu da Companhia Francana de Eletricidade uma
determinada quantia com a qual adquiriu um terreno, localizado na esquina das
ruas Dr. Julio Cardoso e Thomaz Gonzaga, onde ele Ítalo, o irmão Eugenio
Antonio e alguns companheiros deles de profissão, construíram uma pequena casa,
ainda hoje em poder dos descendentes.
EUGENIO
ANTONIO BELLATO
Eugenio
Antonio Bellato nasceu às 21 horas, do dia 12 de Junho de 1897, na Via
Bocchetta, 16-B, em San Bellino, Província de Rovigo, Região do Vêneto,
Itália. Era magro, de altura mediana, olhos gateados, nariz
adunco, cabelos castanhos lisos.
Foi
convocado pela Junta Militar de Franca, conforme Relação de 31 de Agosto de
1918, divulgada pelo Jornal Tribuna da Franca, de 07 de Setembro de 1918. Serviu
o Exército em São Paulo-SP.
Participou,
como voluntário, da Revolução de 1924, chefiada pelo General Isidoro Dias
Lopes, em São Paulo-SP. Desse tempo, guardava em uma caixa suas bombachas, suas
polainas e uma bala de fuzil.
Pintor
de profissão gostava de utilizar, também, máscaras de flores em suas obras. Foi
sócio da União dos Pedreiros de Franca, conforme comprova a Ata da Assembléia
de 25 de Janeiro de 1933. Foi sócio-fundador do Sindicato dos Operários em
Construção Civil de Franca, constituído em assembléia realizada na sede da
Associação Beneficente do Trabalho (ABT), em 01 de Setembro de 1933.
Esteve
noivo de uma moça, moradora na região de Patrocínio Paulista-SP, que faleceu
atingida por um raio, o que o deixou muito triste.
Apesar
de ser considerado “caladão”, era muito querido pelos sobrinhos Lander,
Benedito, Sônia e Thereza de Lourdes. Para eles e alguns amiguinhos da
vizinhança, como o Rubens Casabona, e o Dino Maranha, Eugenio Antonio contava
estórias, fruto de sua imaginação, como a de Joãozinho sem Medo, Rompe Ferro,
Rompe Monte, Homenzinhos Habitantes do Subterrâneo que saíam pelo Fogão à
Lenha, dentre outras.
Faleceu
solteiro, aos 27 de Fevereiro de 1941, em Franca-SP, de “Endocardite Crônica”,
conforme laudo do Dr.José Brickman. Declarou seu óbito, no cartório, o amigo
Nicola Bertoni. Foi sepultado em sepultura comum sob nº 1439, no Cemitério da
Saudade, em Franca-SP
FERRUCCIO
BELLATO
Ferruccio
Bellato nasceu aos 28 de Outubro de 1900, na Itália, de acordo com o Arquivo
Histórico do Distrito Militar de Padova, no qual, porém, não consta a
localidade onde teria nascido. Contudo, nos proclamas de seu casamento,
declarou que era natural da Província de Rovigo. Seu filho Lander conta ser ele
oriundo de Treponti, uma aldeia que faz parte do município de Lendinara, na
Província de Rovigo. Porém, não conseguimos encontrar o registro do nascimento
de Ferruccio.
Treponti,
onde Ferruccio teria nascido, conta, atualmente, com 79 habitantes.
Em
Franca, Ferruccio exerceu o ofício de sapateiro. Era fabricante de calçados,
com especial dedicação à linha infantil, criando modelos muito bonitos,
conforme recordava sua esposa Gina.
Era
considerado pelo Directorio Politico do Partido Republicano Paulista de
Franca, amigo e correligionário.
Faleceu
aos 24 de Dezembro de 1932, em Franca-SP, de Meningo Encefalite conforme
laudo do Dr. Júlio B. Costa. Foi sepultado em sepultura comum sob nº 2628, no
Cemitério da Saudade, em Franca-SP.
Ferruccio casou-se, aos
05 de Julho de 1924, na Igreja de N. Senhora Aparecida (Capelinha), em
Franca-SP, com Gina Leporoni, filha de Bonfilio Leporoni e de
Catarina Cecchi.
DESCENDÊNCIA
DE FERRUCCIO BELLATO E GINA LEPORONI
Ferruccio
e Gina depois de casados passaram a residir na Rua Thomaz Gonzaga, 12-B, ao
lado do prédio onde funcionou a Casa Bandeirante, de propriedade do Sr. Miguel,
defronte à Escola Estadual Cel. Francisco Martins. Posteriormente, mudaram-se
para uma casa localizada na mesma rua, enfrente onde, atualmente, está
estabelecida a Papelaria Mendonça. Com a enfermidade de Ferruccio, passaram a
morar na casa da mãe dele, Maria Libera.
Foram pais de:
Foram pais de:
1
Maria Aparecida Bellato
2
Lander Bellato
3
Benedito Bellato
O casal ainda
gerou os gêmeos Antônio e José, nascidos aos 30 de Dezembro de
1925, com seis meses de gestação, falecidos às 16 h, nessa mesma data, conforme
laudo do Dr. João Mathias Vieira, e declaração de Ferruccio no cartório. Foram
sepultados no Cemitério da Saudade, em Franca-SP.
1
Maria Aparecida Bellato, nascida aos 18 de Março de 1925, foi batizada
aos 15 de Outubro de 1925, na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em
Franca-SP, pelo Padre Frei Amâncio Mácua, apadrinhada por seu avô materno,
Bonfílio Leporoni e por Angelina Miglioranza, parteira e amiga da família.
Faleceu aos 26 de Outubro de 1925, de “Gastroenterite”, conforme declarou no
cartório, seu tio paterno, Italo Bellato. Foi sepultada no Cemitério da
Saudade, em Franca-SP.
2
Lander Bellato, nascido às 6 h do dia 22 de Dezembro de 1926. Foi batizado aos 27 de Abril de 1927, na
Igreja de Nossa Senhora Aparecida (Capelinha), em Franca-SP, pelo Padre Frei
Pedro Firmens, tendo como padrinho, o tio paterno, Ítalo Bellato e como
madrinha, a tia materna, Lena Leporoni.
Lander casou-se, aos 10 de
Novembro de 1949, na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Franca-SP, com Maura
Rodrigues de Freitas, filha de Vicente Rodrigues de Freitas e de Leonides
Alves Taveira.
Lander
e Maura foram pais de:
1
Sara Líbera Bellato, casada com Maximo Iside, natural da Itália,
filho de Rafaello Iside e de Giovanna. Pais de:
1-1
Sofia.
1-2
Laura.
3
Benedito Bellato (Ditinho) nasceu aos 06 de Julho de 1929, em Franca-SP,
onde foi batizado com o nome de Lancaster Benedicto, aos 09 de Fevereiro de
1930, na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, pelo Padre Frei Antonio Diez,
tendo como padrinhos Ernesto Pini e sua mulher Fernanda, amigos da
família.
Faleceu,
solteiro, às 4 h do dia 08 de junho de 1950, conforme declarado, no cartório,
por seu tio materno, Nello Leporoni. Foi sepultado no Cemitério da Saudade, em
Franca-SP.
ÍTALO
BELLATO
Ítalo
Bellato, homônimo de seu primo paterno, nasceu aos 10 de Agosto de 1895, em
São Caetano do Sul, São Paulo, Brasil. Foi batizado com o nome Italo
Giuseppe, aos 10 de Maio de 1896, na Igreja de São Caetano, pelo Padre
André Bigioni, tendo como padrinhos Achille Brinanzi e Carolina Barioni. Qual
seria o grau de parentesco de Carolina com Maria Líbera?
Com
seus pais e o irmão Renato Fulvio, Ítalo, ainda bebê, foi para a Itália,
onde viveu até seus nove anos de idade, cursando lá as 1ª e 2ª séries escolares,
quando então seus pais decidiram retornar, definitivamente, para o Brasil.
Em
Franca-SP, Ítalo, entre os anos de 1916 e 1918, esteve noivo de Caetana,
filha de Michele Maniglia e de Antonia Rofrano, noivado este aprovado com muito
gosto pelos Maniglia. Consideravam o jovem Ítalo um compatriota muito
simpático, educado, respeitoso, sóbrio e com as melhores intenções, conforme
descrito no livro MANIGLIA, UMA FAMÍLIA MEMORÁVEL, de João Maniglia e Antônio
de Pádua Maniglia. O compromisso não foi avante devido ao falecimento de
Caetana, segundo os mesmos autores, aos 05 de Abril de 1918.
Ítalo
foi pedreiro, estimado por seus superiores e por seus clientes. Gostaria de ter
sido engenheiro, no que teria se dado muito bem, de acordo com a opinião do
Engº. Dr. Joaquim Mariano de Amorim Carrão, responsável pela construção da
Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição, em Franca-SP, obra onde Ítalo trabalhou.
Dentre
seus inúmeros trabalhos, sem contar os realizados em residências em Franca-SP,
nas fazendas da região, e o já citado, destacamos os seguintes: no Colégio
Champagnat-Franca-SP, na Igreja de Nossa Senhora Aparecida
(Capelinha)-Franca-SP, na Igreja de Nossa Senhora da Abadia, em Cristais
Paulista-SP, na Igreja de São José, em São José da Bela Vista-SP, na Igreja do
Divino Espírito Santo, em Nuporanga-SP, na Igreja de N. Senhora Aparecida, em
Itirapuã-SP, trabalhando nesta última cerca de dez anos, do início ao final de
sua construção.
Ítalo
era metódico. Gostava de saborear pão mergulhado no vinho tinto seco, com
salada de feijão; de sopinha de leite com pão; de macarronada com queijo
parmesão; de polenta, que ele fazia questão de preparar.
Comia
pouco. Fazia três refeições diárias. Mastigava até os líquidos. Quando indagado
a respeito dizia:
-
Vai que tem um grãozinho de terra, ou uma minhoquinha...
Possuía
dentes fortes. Falava que era por ter comido muita rapadura quando criança, na
fazenda em Sertãozinho-SP, onde morou na infância. Faleceu com quase todos os
dentes, já pequenos e desgastados, sem sequer ter o hábito de frequentar
consultórios dentários.
Também
quando suas netas faziam um pampeiro por encontrarem um bicho na goiaba que
estavam comendo, Ítalo dizia:
-
Qual o problema, bicho de goiaba, goiaba é!
Sobre
a Itália falava pouco. Saudades? Talvez... Mas houve algumas lembranças que
quis compartilhar. Relatava que na região onde morava com a família costumava
nevar. No inverno eram então obrigados a se servirem de alimentos em conserva,
preparados por eles nas estações quentes, como a carne mantida na gordura e os
legumes em forma de picles.
O
frio, também, trazia alegria às crianças. Ao acordarem pela manhã pegavam suas
canequinhas, colocavam vinho e açúcar no fundo, e as enchiam com neve.
Saboreavam algo similar à raspadinha brasileira.
Gostava
de falar sobre “casos acontecidos”, principalmente os pitorescos. Como quando
ele, certa vez, foi à casa de um fazendeiro seu cliente e a dona da casa ao
abrir-lhe a porta, com grande susto disse-lhe:
-
Sr. Ítalo como pode estar aqui se o senhor já morreu?! Para o que ele
respondeu:
-
Se estivesse morto não estaria aqui em carne e osso! Ela então se desculpou.
Falou tê-lo confundido com outro Ítalo.
Em
outra ocasião, contava ele, um morador na zona rural da cidade de Itirapuã foi
a cavalo para a cidade. Como o tempo estava anunciando chuva, e ele estava
“necessitado”, resolveu então aproveitar o fato, e urinou na roupa para não
precisar descer do cavalo. O problema foi que a chuva não caiu...
Para
os netos contava estórias engraçadas, todas inventadas por ele. Por isso quando
alguém queria que ele repetisse alguma delas, precisava ajudá-lo a recontá-la,
pois ele já a havia esquecido. Versavam sobre o cotidiano. Estórias que
provocassem medo não faziam parte de seu repertório.
Quando
indagado sobre “assombração” ria e dizia:
-
Isso não existe! Preste atenção, se você separar essa palavra em duas veja no
que ela se transforma, “sombras são”!
Faleceu, no dia 02 de Agosto de 1980, na
Santa Casa de Misericórdia, em Franca-SP, e foi sepultado no Jazigo da Família
Bellato, no Cemitério da Saudade, nessa mesma cidade. Sua neta Magda, nesse
momento, presente ao seu lado, recorda que seu avô se “despediu” rezando Ave,
Maria, piena di grazia, il Signore è con te...
Ítalo
casou-se com sua cunhada, Gina Leporoni Bellato, viúva por óbito de
Ferruccio Bellato, filha de Bonfilio Leporoni e de Catarina Cecchi.
Foram
pais de:
1
Sônia Belato
2
Thereza de Lourdes Bellato
DESCENDÊNCIA
DE ÍTALO BELLATO E GINA LEPORONI
SÔNIA
BELATO
Sônia
Belato, nascida aos 08 de Abril de 1933, em Franca-SP, foi batizada,
com o nome Sônia Maria, aos 25 de Setembro do mesmo ano, na Igreja de Nossa
Senhora do Patrocínio, em Patrocínio do Sapucaí, atual Patrocínio Paulista-SP,
pelo Padre José Blasco. Seus padrinhos foram Zeferino Pinto de Souza, pedreiro,
amigo de seu pai, e sua mulher Adriana Câmara de Souza.
Sônia
foi crismada aos 08 de Dezembro de 1934, na Matriz de Nossa Senhora da
Conceição, em Franca-SP, pelo Bispo Dom Alberto José Gonçalves, sendo sua
madrinha Hilda Migliorini, casada com José Maniglia, carpinteiro, amigos da
família.
Sônia
casou-se, aos 30 de Julho de 1955, na Igreja de Nossa Senhora das Graças, em
Franca-SP, com Antônio Rodrigues de Freitas, filho de Vicente Rodrigues
de Freitas e de Leonides Alves Taveira. Após o casamento, passou a assinar Sônia
Belato de Freitas.
Sônia
e Antônio geraram:
1 Sônia Regina Belato de Freitas
2 Maura Maria Belato de Freitas
3 Marta Maria Belato de Freitas
4 Antônio Fernando Belato de Freitas
5 Sandra Teresa Belato de Freitas
6 Gina Mara Belato de Freitas
7 Magda Maria Líbera Belato de Freitas
1
Sônia Regina Belato de Freitas Lelis. Casou-se com Walter Antônio
Marques Lelis, natural de Franca-SP, nascido aos 13 de Janeiro de 1953,
filho de Walter Lellis e de Maria D’Apparecida Marques Lellis; neto paterno de
Joaquim Luiz Lellis e Alcina Santos Lellis; neto materno de Luciano Marques
Ferreira e Maria José de Araújo; bisneto, pelo lado paterno, de Casciano de
Lellis e Silva e Maria Rita do Carmo Barbosa e de Amando Teixeira Santos e
Catarina de Oliveira Santos; pelo lado materno, de Antonio Marques da Silva
Telles e Victalina
Rosa de Menezes, e de Bernardino Bernardes de Freitas e Maria Ribeiro de
Araújo. Sem filhos.
2
Maura Maria Belato de Freitas Bizinoto, gêmea de Marta Maria. Casou-se
com Odair Bizinoto, filho de Ludovico Bizinoto e de Maria de Lourdes
Campos. Pais de:
2-1
Kelly Cristina de Freitas Bizinoto. Casou-se com Jarbas Bartolomeu Dias,
filho de Antônio Dias da Silva e de Marília Bartolomeu;
2-2
Carlos, falecido
ao nascer;
2-3
Mayara Cristina de Freitas Bizinoto;
2-4
Bruno de Freitas Bizinoto.
3
Marta Maria Belato de Freitas Cintra, gêmea de Maura Maria. Casou-se com
Paulo Sérgio Cintra, filho de Mário Felizardo Cintra e de Maria Alice
Finardi. Pais de:
3-1
Paola de Freitas Cintra.
4
Antônio Fernando Belato de Freitas, gêmeo de Sandra Teresa. Casou-se
com Selma Cristina Paschoal de Oliveira Freitas, filha de Antônio José
de Oliveira e de Vera Paschoal de Oliveira. Pais de:
4-1
Ítalo Paschoal Oliveira Belato de Freitas;
4-2
Antônio, falecido ao nascer;
4-3
Igor Paschoal Oliveira Belato de Freitas;
4-4
Ian Paschoal Oliveira Belato de Freitas;
4-5
Iuri Paschoal Oliveira Belato de Freitas.
5
Sandra Teresa Belato de Freitas Pascoal, gêmea de Antônio Fernando.
Casou-se com Reinaldo Antônio Pascoal, filho de Isauro Pascoal e de
Augusta Bizinoto. Pais de:
5-1
Catarine Belato de Freitas Pascoal;
5-2
Caroline Belato de Freitas Pascoal;
5-3
João Paulo Belato de Freitas Pascoal.
6
Gina Mara Belato de Freitas, gêmea de Magda Maria Líbera. Divorciada
de Luís Cláudio Kellner, filho de Zigomar Kellner e de Maria de Lourdes
Taveira Kellner. Geraram:
6-1
Luís Cláudio Kellner Filho.
7
Magda Maria Líbera Belato de Freitas Barichello, gêmea de Gina Mara.
Casou-se com Ricardo Barichello Neto, natural de Guariba-SP, nascido aos
22 de Maio de 1962, filho de Luiz Barichello Neto e de Marinete Sgarbosa
Barichello; pelo lado paterno, neto de Ricardo Barichello e Carlota Sachs
Barichello; bisneto de Luiz Barichello e Ângela Nardi Barichello; pelo lado
materno, neto de Natal Sgarbosa e Hermecinda Garcia Sgarbosa; bisneto de
Benedicto Scarbossa e Angela Daiglinfo; de Bento Garcia Servinho e Maria
(Mariquinha) Cortez Garcia; trineto de Natale Scarbossa e Magdalena Guidin; de
João Daiglinfo e Maria Zanon; de José Garcia e Florinda Cerquilho; de José
Cortez e Anna Moreno. Pais de:
7-1
Fúlvio Belato de Freitas Barichello;
7-2
Pedro Belato de Freitas Barichello.
THEREZA
DE LOURDES BELLATO
Thereza
de Lourdes Bellato Kaluf nasceu aos 04 de Outubro de 1936, em Franca-SP,
onde foi batizada com o nome Therezinha de Lourdes, aos 29 de Junho de 1937, na
Igreja de Nossa Senhora Aparecida (Capelinha), pelo Padre Frei Ângelo Álvares,
tendo como padrinho, o tio paterno, Eugenio Antonio Bellato e madrinha, a avó
paterna, Maria Libera Barion.
Casou-se,
aos 20 de Junho de 1959, na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Franca-SP,
com Antônio Marcos Kaluf, natural de Jeriquara-SP, onde nasceu aos 10 de
Junho de 1934. Falecido aos 09 de Julho de 2008, em Franca-SP. Filho de Rachid
Kaluf, natural da Síria, e de Victoriana Silva, natural de Cristais
Paulista-SP. Pelo lado Paterno, neto de Antônio Abrão Kaluf e de Isaías Bittar;
bisneto de Abrão Kaluf. Pelo lado Materno, neto de Antônio Coelho da Silva e de
Emília Basília.
Thereza
de Lourdes e Antônio Marcos geraram:
1
Antônio Marcos Kaluf Júnior
2
Marco Antônio Bellato Kaluf
3
Márcio Antônio Kaluf
4 Angélica Teresa Bellato Kaluf
5 Marco Aurélio
Bellato Kaluf
1 Antônio Marcos Kaluf Júnior casou-se
com Maria Angélica de Oliveira Kaluf, filha de Onofre de Oliveira e de
Josefina Ferraro de Oliveira. Pais de:
1-1
Isabela de Oliveira Kaluf;
1-2
João Paulo de Oliveira Kaluf.
2
Marco Antônio Bellato Kaluf casou-se com Rita Maria Ribeiro Kaluf,
filha de Geraldo Ribeiro e de Ema Rosa Ribeiro. Pais de:
2-1
Pedro Ribeiro Kaluf;
2-2
Cassiano Ribeiro Kaluf.
3
Márcio Antônio Kaluf casou-se com Maria Beatriz Nascimento Maniglia
Kaluf, filha de Wilson Maniglia e de Maria Sílvia Nascimento Maniglia. Pais de:
3-1
Márcio Antônio Kaluf Júnior;
3-2
Marina Beatriz Maniglia Kaluf;
3-3 Roberta Maniglia Kaluf;
3-4 Lucas Maniglia Kaluf;
3-5 Letícia Maniglia
Kaluf;
3-6 Bruna Maniglia Kaluf;
3-7 Bernardo
Maniglia Kaluf.
4
Angélica Teresa Bellato Kaluf de Andrade casou-se com Antônio
Fernando Menezes de Andrade, filho de João Junqueira de Andrade e de Maria
do Carmo Menezes de Andrade. Pais de:
4-1
Camila Kaluf de Andrade;
4-2
Felipe Kaluf de Andrade;
4-3
Leonardo Kaluf de Andrade.
5
Marco Aurélio Bellato Kaluf casou-se com Juliana Bittar Archetti Kaluf,
filha de Mário Archetti e de Teresa Cristina Bittar Archetti. Pais de:
5.1
Nicholas Archetti Kaluf.